Apelo.. por nós..

Juntei um clichê inteiro pra te escrever, juntei uma saudade inteira pra te dizer, juntei um monte de amor pra que você não me esqueça. Não esquece de mim. Mesmo que a correria do dia-a-dia te tente, não esquece. Faz um pedido de vez em quando, pode pedir pra qualquer santo, de qualquer crença, pede pela gente. Pede um pouquinho de amor, faz bem. Pede um pouquinho de tristeza, de música boa e papel, pra você desenhar pra mim. Pede, que uma hora realiza.

Ou esquece, deixa pra lá, deixa acumular... Como tem sido tudo, joga pra debaixo do sofá, sem coragem de sair, de sentir, mudar, vivendo de fugir.. Todo mundo preso dentro dentro de uma única forma, porque assim é mais fácil que rebelar quem a gente é, preso dentro da nossa própria mentira, que de tanto contar, no fim, vira verdade.

Futuro?

Ouvi gritos loucos desesperados
Homens em pé outros deitados
O asfalto sujo, tudo desorganizado
Passava policia passava ladrão
Não se via ordem no progresso
Não se via deputado no congresso
Não se via gente desonesta em camburão

Os gritos loucos desesperados
Falavam muito pelos coitados
Que só faziam impedir um retrocesso
A cura do que achavam certo.

Os gritos loucos não eram desesperados
Para quem ouvisse com atenção
Falavam em revolução.



I'm back. But not the same.

É estranho não sentir nada.

Principalmente se todo o tempo que lhe passa pela cabeça, você sentiu. E sentiu muito.

Se amou, amou demais.

Se decepcionou, demais.

Se doou e se entregou. As vezes demais e as vezes de menos.

Acontece.

Mas o mais importante, sabíamos que alguma coisa batia aqui no lugar do peito.

E agora?

Parece adormecido.

Esquecido.

Cuidadosamente posto pra dormir.

Um descanso, alguns diriam.

Eu discordo,

Ele parou.

Mil coisas fazem os sentimentos se esvaírem e o coração entregar os pontos,

pra mim não foi descanso, foi arrancar você.

Não tenho o que sentir se você não esta aqui.

E olha que você jamais entendeu minhas poesias ou soube que estava nelas

Mas sabia que estava em mim,
Porque todo santo dia eu o lembrava.

Lembrava as vezes com o mundo em brasas, com os olhos brilhando ou até com o coração machucado depois de umas decepções.

Mas até ai, eu sentia.

Foi quando eu me convenci que nada valia a pena depois de você, que cheguei nisso.

Conheci outras milhares de pessoas,
Inclusive fiz questão de jogar horas foras com elas, pra que eu não pudesse dizer que não tentei.

Oh, e como eu tentei,

Mas a verdade é que as pessoas que conheci não despertaram nada além de vontades fugazes e efêmeras 

E talvez, eu mal tenha deixado-as passar da superficialidade, ou até tenha apresentado uma pessoa completamente diferente da que você conheceu.

Mudei.

Aliás, acho que você não me reconheceria. Todos falam que mudei.

Que perdi aquele brilho no olhar que via em todos
E que mal tenho apego pra pensar em passar mais de 30 dias com a mesma pessoa
Ou até vontade de passar algum tempo com alguém.

Acham que perdi muito de mim.

Eu me encontro um pouco a cada dia.

Quem eu sou quando não tenho alguém tomando parte de mim

Ou alguém pra agradar ou escrever poesia romantizada

Quem sou pra mim mesma

E bem, de todo o tempo que me conheço sentindo demais

Não conheço um tempo que tirei pra não sentir ninguém

E agora reconheço um tempo que tirei pra me sentir.

As pessoas deviam experimentar mais isso.

E juro: 

Dá menos trabalho do que usar um amontanhado de pessoas pra tapar crateras que fazem sob a gente.

Dói.

Mas, não da pra sempre achar alguém que cure suas feridas

Aprendi a parar pra mim e me cicatrizar

Isso ainda deve nos levar pra algum lugar.

Se não for pro amor próprio,
que seja pra um próximo amor.

Home sweet home..

Coloquei os pés descalços em cima do para-brisa, recostei as costas no banco que naquele momento me parecia mais que confortável e me aquietei pra te olhar, eu posso jurar, com todas as palavras que eu sei, eu não desejaria fazer nada além daquilo por horas. Eu poderia passar o resto dos 364 dias do ano ali, fitando você me encarar, dizendo que eu não consigo olhar no seus olhos sem ser pra checar se as suas pupilas ainda ficam enormes quando eu me reluzo, pequenininha, nelas. Você sabe né? A história das pupilas enormes que eu li em algum lugar na internet, elas demonstram que você ama a pessoa que seu olhar esta preso. Isso não é tao poético? Logo eu que gosto demais de falar, de deixar tudo nas claras, aprendi - finalmente - a reparar em algo tão simplório. E eu amo observar como elas quase acabam com o marrom escuro dos seus olhos. Esbugalhados. Eles quase sorriem pra mim. Eu só não consigo encarar muito tempo, eu sei lá, é meu. Depois de checar que seus olhos são mesmo a janela pra que eu pule direto pros seus sentimentos, eu me contento só em olhar pra baixo e ficar sorrindo que nem uma boba pra você achar meu sorriso bonito e pensar "meu deus, ela é tão espontânea". Isso funcionaria, claro, com um "qualquer um", mas você me conhece tanto, que até perde um pouco o sentido. Me passo de boba. O vidro embaçado mostra que realmente fazem poucos graus lá fora, eu com meu pijama de flanela vermelho, apenas agradeço pelo lugar que estou e fico pensando nas pessoas que não tem alguém que simplesmente queira ficar encarando-a feito uma boba, dar-lhe um ar quente dentro de um carro pequeno e melhor, faça-a sentir segura, tudo isso em pleno 1 de janeiro. Isso não lhe diz nada? Não te parece dizer em alto e bom som um "vim transformar sua tempestade em calmaria"? Fiz o que qualquer ser normal faria com janelas embaçadas: escrevi. Primeiro um eu te amo. Ele riu. O sorriso dele respondia mais que as 3 palavras que eu tinha escrito. Risquei o amo e substitui por odeio e acrescentei um nome qualquer, de alguém que eu tenho muito ciúmes, ganhei um beijinho calmo, acho que dizia alguma coisa, mas eu só conseguia pensar que amava aquilo. Coloquei a minha música favorita no celular, tinha chorado ouvindo ela alguns minutos antes de entrar no carro, era exatamente meu choro que tinha me levado a estar ali, em pleno ano novo. Me sentir segura, ter a certeza que mesmo que eu estivesse com a maquiagem borrada, pijama e cabelo marcado de uma trança recém tirada, você estaria ali. E não é que você estava? Te disse que era definitivamente melhor ouvir a musica envolvida em um abraço (que eu moraria dentro), que sozinha em um chuveiro quente e banheiro sem luz. Acho que o fato de você ter tentado tirar milhões de fotos do que eu escrevi a seguir, mostrem que você realmente gostou. Sim. Eu me apaixono por você todos os dias. E a culpa é inteiramente sua. Já pedi em alguns desejos da meia noite de uma virada, pra poder apagar algumas coisas que vivencie na vida. Como me arrependeria se caso alguma dessas coisas mudasse seu caminho até a mim. Nesse pedido de meia noite, eu só pedi pra continuar exatamente do jeito que estava. Isso deve ser sinal que as coisas estão do jeito que tem que estar. Tem que ser. É um sinal. É tão simples. Lar é onde o coração está. Estou morando em você e é o melhor lugar em que eu já fui acolhida. Ano novo? eu só quero você por todo ele.

Maybe...

Talvez eu tenha tantas coisas pra falar que me faltem palavras, jeitos de começar, ou links pra tanto sentimento aleatório que tem morado em mim ultimamente. Talvez, eu só tenha que parar de tentar colocar todas as minhas expectativas nos outros, ou de me apaixonar como um piscar de olhos e talvez não seja nada disso, seja muito além, mas eu ainda não consigo ver. Talvez seja porque meus olhos estão molhados, talvez porque meu coração ainda lateja por uma ferida muito recente ou talvez eu só não queira enxergar.
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"
(Agora não tem mais como voltar pro mesmo lugar, mesmo que eu saiba que você não merece que eu queira tanto estar com alguém assim, mesmo que eu saiba que tudo isso também tem haver com um monte de feridas que você parecia ter curado, mas agora quando você também toca nelas, elas doem duas vezes mais, e eu não sei mais do que sinto falta. As antigas pareciam mais minhas, as suas tem uma dor que não veio de mim, tem um aspecto de outra pele, mas você quis carregar pra mim, eu não pedi, eu não queria mais machucados, mas eu não podia adivinhar!!! Mas por que diabos eu não podia ter desconfiado antes? Ou ter pensado com razão antes? Minha mente sempre ocupada em respirar fundo, junto com você, tão junto que na sombra eu me perdia. E pedia, pra aquilo durar pra sempre. Puff. Toda vez que eu quero que dure pra sempre, meu infinito se transforma em um conjunto de dias, bem, se eu tiver com sorte - o que é raro, quase improvável - dure semanas, mas não o suficiente pra completar um mês e muito menos um ano. Mas completa um amo, um eu, um seu, um nós tão rapidinho, quase como vira nó, quase como vira pranto, quase como vira dor de lembrar da última vez que eu achei que ainda te tinha.)
          MAS PRESTA BEM ATENÇÃO: A GENTE NÃO TEM PERDE O QUE NÃO TEM!!!\

Pronto. Transcrevi o que passava pela minha mente, confusa e barulhenta. No fundo dela ainda tocava uma música que se eu cantasse, esclareceria tudo, mas gosto de inventar essa minha parte anônima, já que eu sempre fui demais, é bom saber me conter, guardar aquilo que é conveniente. Agora não sei se me guardo por completo, ou se me deixo desabrochar em algum lugar que não tenha espinhos. Eu não suportaria a dor mais uma vez. Eu só te peço isso, de novo não, de novo não. 

No fundo, talvez, seja só o abismo de alguém que ama em mundo que todo mundo se esqueceu como se sente.

Agradecida pelo escuro do carro esconder as lágrima que rolavam no meu rosto, silenciosamente doídas. Cortantes. Atravessavam a face ligeiramente, uma atrás da outra. Passavam-se as cenas vivas na minha cabeça, o beijo na cabeça, frio, silencioso. E o corpo contra o outro, o beijo roubado, o sorriso, os olhos nos olhos. Como uma verdade poderia mudar toda a situação? E como seu silêncio sobre saber que era amor por você poderiam me fazer tão mal? Silêncio. Silêncio Silêncio Vazio. Tão vazia que não consigo mais chorar. Ainda calada. Ainda doída. Mas silenciosa. Você tinha me roubado as últimas palavras E jurei a mim mesma, A última pessoa que me roubou o coração.

Let it be.

Cuidado comigo,
Tenho ganhado uns goles de amor próprio a cada dia que passa. E tenho as vezes, tomado um copo ou outro de uma bebida ardente, que me faz parar de chorar por você, que me faz até te esquecer, enquanto danço e rodopio no salão onde ninguém me conhece, me sinto livre de você. E você não sabe como me sinto bem. Danço alegre e despretensiosa, coisa que se estivesse ao meu lado já teria ordenado que eu parasse, que parasse de fazer papel de boba. E mesmo que eu ame dançar, ame ver como os meus cabelos voam, eu pararia. Porque eu sempre gostei de te mostrar que eu era completamente sua. Como eu sempre gostei de ser perfeita para você. Já achei até graça de como era grosso, sobre algumas experiências já até pensei que amava esse seu jeito áspero. Mas não amo. E demorei tanto tempo pra perceber que eu só não queria aceitar que você tivesse defeitos, não queria aceitar que podia gostar um pouco menos de você. Me enganei. Mesmo sóbria. Mesmo lúcida. Quis me agarrar a essa ilusão com carne, unhas e dentes. Mas eu sequer me questionei, estou feliz com isso? Sequer me questionei se não me cansava de mendigar aquele amor, de mastigar cada palavra de fúria, e dizer um é claro meu bem, no lugar. De te encher de elogios, cartas, palavras bonitas e sempre receber o mesmo olhar, a mesma frieza, os dedos secos sobre os meus, como a obrigação cumprida. Hoje quem quer cumprir a obrigação sou eu. A obrigação de me amar, a obrigação de desapegar de coisas tão antigas, que por ter medo de novas, ainda me apego a elas. Estarei mentindo se disser que não te amo, mas amo muito menos. E tendo a amar cada vez, menos, e menos e menos.
Cuidado comigo,

Cada dia sou menos sua.

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